segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Meus Melhores Livros do Ano

Como tradicionalmente venho fazendo desde o ano passado, dezembro é época de passar muita dificuldade tentando escolher quais foram os cinco melhores livros que eu li no ano. Esse ano a escolha não foi menos difícil, mas ao invés de eu ficar reclamando sobre, vou mostrar logo de uma vez como ficou meu Top 5, pra quem por um acaso queira saber.

uma tentativa de árvore de livros que deu muito errado e virou apenas uma bagunça


n° 5: O Jardim do Éden - Ernest Hemingway
Amo. Este. Homem. Comprei uma cacetada de livros dele esse ano, muito embora tenha lido apenas dois (sendo um deles um dos piores livros que eu li no ano) (O Verão Perigoso), mas não é desse que eu quero falar, é do Jardim do Éden. Eu não sei como este homem faz, mas com pouquíssimas palavras ele consegue te colocar pra viajar no tempo e no espaço sem que você entenda direito o que tá acontecendo por ali. Eu nunca tenho 100% de certeza se eu compreendo tudo que tá acontecendo no meio daquelas palavras, mas compreendo o suficiente pra amar o jeito que ele escreve. Os diálogos! São ótimos nesse livro porque eles são um pouco desconexos, igual uma conversa na vida real.
Além disso, tem aquela coisa que é minha coisa preferida em tudo que o Hemingway escreve, ele leva esse lance de escrever muito a sério. E eu queria ser como ele, então sempre que leio as coisas que ele escreveu eu me sinto um pouco mais ~inspirada~ a ser.



n°4: Nove Plantas do Desejo e a Flor de Estufa - Margot Berwin
Comprei esse livro por R$5,00 na Bienal, logo, estava esperando muito pouco dele. E quebrei a minha cara. Amo quando isso acontece! É o tipo de livro que eu tenho gostado bastante ultimamente que não dá pra você PREVER o que vai acontecer, porque tudo que acontece é extremamente nonsense. E com isso não quero dizer que é um livro de mistério, porque não é, é um romance, mas que DO NADA a protagonista nova-iorquina tá jogada no chão de uma floresta tropical. Outra coisa que eu gostei muito é que ele é um livro com conhecimentos paralelos, que nesse caso são plantas (como sugere o título). Acho legal quando o livro conta mais do que a história, quando ele ~agrega valor~, como dizia o filósofo do camarote.

n°3: Amor em Minúscula - Francesc Miralles
Não sei direito como EXPLICAR o que me prendeu nesse livro, a melhor explicação que eu consigo dar é que foi o ~clima~. É uma coisa muito envolvente assim, que vai além da história que tá se desenrolando no livro. Eu queria MORAR no clima desse livro. Também queria que um gatinho entrasse no meu apartamento no dia do ano novo e mudasse minha vida, como acontece no livro. Ainda tá em tempo! =^.^= Isto é, contando que minha mãe deixasse isso acontecer... Mas voltando ao livro, ele é espanhol. E não sei, desde o ano passado eu tenho lido uns poucos livros espanhóis e amando todos eles. Alguém sabe me explicar sobre isso?!



n°2: The Woman Who Stole my Life - Marian Keyes 
Rainha. Do meu. Universo. Foi uma saga conseguir esse livro e eu terminei de ler semana passada. E ainda não decidi como me sentir a respeito dele. Sei dizer que foi um dos poucos livros que me fizeram chorar esse ano. Mas, por algumas horas, acabou com a minha vida, sei lá, me deu uma sensação muito ruim de que nada valia à pena nessa vida. Não foi legal de sentir isso... O que foi legal no livro foi que mais uma vez ela arreganhou as pernas do mercado editorial na história. Sobre um aspecto muito ruim da vida dos escritores que eu nunca tinha parado pra pensar. O que essa Marian faz que sempre faz a gente pensar sobre coisas que a gente não queria pensar?!
Outra coisa que eu amei nesse livro foi que o amor tá bem em alta, não é sempre que ele está assim nos livros dela. Uma coisa que eu não gostei muito foi que a escrita não está tão interessante quanto é no Chá de Sumiço... Mas agora é torcer pro próximo livro sair logo.



n°1: HELL - Lolita Pille 
O que dizer????????????? O que dizer que não seja um palavrão bem cabeludo?! Eu não sei. Foi um daqueles casos em que você termina o livro já pensando em abrir de volta na primeira página e ler tudo com mais atenção. Essa Lolita escreve de um jeito muito inesperado, meio maluco que logo de cara dá pra ver que ela não é igual as outras escritoras, que naquilo que ela tá escrevendo pode acontecer qualquer coisa. E dá um medo danado?!? A visão dela de mundo é muito interessante assim, nada a ver com a minha, e é a estranheza da visão dela que meio que faz gerar o interesse pelo que ela tem a dizer. Isso também explica porque os personagens dela são tão odiosos, sei lá, acho que é muito difícil se identificar com eles, mas ainda assim o que acontece com eles é fácil de te afetar. Louco! Vai entender!
Fora isso, tem o filme, (e teve a peça!) eu não assisti nenhum dos dois, mas se alguém quiser me dar de Natal ainda tá em tempo!

HELL no teatro aqui no Rio e eu não fui :)

Então, esses foram os meus melhores livros do ano, e o se vocês? Espero que tenha gostado! E que venha um novo ano com novos ótimos livros nas estantes de todos nós <3

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Dezembro Vermelho

Preciso explicar por que o Dezembro é Vermelho? Ho-ho-ho! Acho que não, mas não gosto de perder nem uma oportunidade de falar sobre o Natal, a correria pra deixar tudo pronto e a comilança extra quando chega a hora. Contudo, o assunto desse post não é esse, e sim, de novo, os livros. Já que eles são muito mais interessantes do que qualquer coisa que eu vá comer daqui até o final do ano.
Pois bem! Aí estão os livros vermelhos que eu vou falar um pouquinho hoje, não vou explicar de novo que eu não sou a melhor fotógrafa do mundo porque acho que já deu pra entender. Enfim...



1- O Pequeno Livro do Rock - Hervé Bourhis: É um quadrinho sobre a história do rock, vai desde o início do século passado até 2009 (se eu não me engano). Foi muito legal me envolver com esse livro e de tempos em tempos eu tenho vontade de folheá-lo de novo pra ver o que ele tem a dizer sobre as bandas que eu acabei de conhecer. Outra coisa ótima era me deparar com bandas que eu gosto muito do nada (exemplo: Cansei de Ser Sexy, ARCTIC MONKEYS), além disso, os desenhos do autor são incríveis, o livro é lindo e foi meu fiel companheiro durante 2012 porque foi o livro-tema para eu fazer minha Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na faculdade de Design de Moda. Eu construí toda uma coleção baseada no livro, posso dizer que somos grandes amigos.



2- Da Boca pra Dentro - Yohana Sanfer: A Yohana é minha amiga, conterrânea e talentosíssima. Orgulho gonçalense! Ela escreve de um jeito muito envolvente que até quem não é muito chegado a crônica se vê envolvido por suas palavras. Ainda por cima, o livro dela tem uma diagramação tão linda que dá vontade de tirar fotos de algumas páginas, coisa que vem acontecendo por aí o tempo todo nessa tal de internet, é só jogar no Google (ou no instagram). Mas voltando às crônicas... Todas tem um tom doce e às vezes lúdico, muito embora ela sempre esteja falando sobre coisas reais, sobre cotidiano, e coisas que acontecem com ela. E estou aqui aguardando a próxima coletânea.



3- Tasha Harris Abre o Jogo - Jane Green: Eu amo esse livro, já emprestei pra todo mundo que se dispôs a ler e comentar comigo, mas faz tanto tempo que eu li que eu não consigo LEMBRAR a causa de tanto amor. Acho que a narrativa era bem leve e irônica no estilo Bridget Jones, até as capas se parecem. E, fora isso, ela fala diretamente com o leitor no estilo senta-aí-que-vou-te-contar-minha-história, estratégia que funciona muito bem comigo, tanto funciona que até hoje eu guardo o livro com o maior carinho, mesmo que eu não me lembre o que exatamente acontece nele.

Hemingway e Gertrude num papo sincero em Meia-Noite em Paris
4- Paris França - Gertrude Stein: Eu me apaixonei por esse livro há três anos atrás, escondida, espiando os livros que a professora tinha trazido pra biblioteca. Eu tinha acabado de ver Meia-Noite em Paris e professora foi contando sobre a vida da autora e eu saquei que ela era a dona da casa que aparece no filme, me senti muito inteligente por isso. Sendo que eu só consegui lê-lo esse ano, quando ganhei de aniversário da minha melhor amiga. E ao invés de eu explicar o porquê de eu ter gostado tanto do livro, vou transcrever o pedaço que me fez me apaixonar. Acho que é o primeiro capítulo mais ~quotável~ desde Lolita. Vamos lá:
"Eu tinha apenas quatro anos na primeira vez que estive em Paris e falei francês ali e fui fotografada para a escola ali e tomei sopa no café da manhã e almoce pernil de carneiro com espinafre, sempre gostei de espinafre, e um gato preto pulou nas costas da minha mãe. Isto foi mais excitante do que calmo. Os gatos não me incomodam mas não gosto que pulem nas minhas costas" (STEIN, Gertrude)



5- O Diário de Bridget Jones - Helen Fielding: Não CONSIGO ficar um ano sem falar da Bridget que agora ando chamando de Brigita! A mãe do chick-lit merece todo o meu respeito e admiração. Esse é outro dos livros que eu faço questão de emprestar pra todo mundo que quiser ler (pode pedir, gente!). Eu adoro o jeito que ela conta tudo igual você conta pra sua amiga, cheia de exclamações!!!!!!!!!!!!! LISTAS! Opiniões imparciais que você só vai descobrindo que não são exatamente verdade ao longo do livro... A personagem que não é perfeita e aí está o encanto dela, essas coisas que todo mundo sabe da Brigita porque provavelmente já deve ter lido o livro, ou, pelo menos, visto o filme.


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Papel, Caneta e Ação

Eu sou tão last week! O livro saiu semana passada na Amazon e só agora eu estou me dignando a fazer um post pra falar as curiosidades sobre ele. Vergonha de mim... Mas, sem perder tempo - até porque com tão poucos dias restantes para 2014 acabar, não há tempo para se perder - vamos direto ao ponto.

"Papel, Caneta e Ação" nasceu da minha junção com a Clara Savelli e a Thati Machado num mesmo espaço-tempo, o que é a mesma coisa que: PERIGO! Nós queríamos fazer algo legal para celebrar o fim desse ano que foi tão especial pra gente (nós três publicamos os nossos primeiros livros!!!!!!1), mas então ficamos pensando que ao invés de falar sobre Natal, era melhor optarmos por uma história (ou melhor, TRÊS) de Ano Novo, por óbvios motivos de altas expectativas para o ano que vem.Oremos!
Então criamos três personagens: Cindy, Lucy e Ana Luna -a  ilustradora, a escritora e a atriz - que por causa de um livro têm seus destinos cruzados e embolado em três contos com romance, superação e bom humor. O livro está à venda em forma de ebook na Amazon e custa apenas R$3,00!




Essa parte, acho que vocês já sabem, basta conhecer uma de nós três que já deve ter ouvido algum eco dos gritos que a gente tem dado sobre o livro nas redes sociais. E esse post é apenas mais um desses gritos, um grito com curiosidade sobre os contos e quotes tortinhos que eu desenhei no meu caderno e a Clara no dela.



Curiosidade n°1: A Cindy, personagem do conto "Num Papel Passado", nasceu no livro "Pela Janela Indiscreta" (meu livro!) e a personagem principal de PJI, a Louise, está presente no conto como coadjuvante assim como a Cindy é personagem secundária na Janela.



Curiosidade n°2: O conto da Lucy "xxx" que foi escrito pela Cara Savelli foi escrito quando a autora tinha 16 anos (prodígio!) e só foi necessário revisar e mudar alguns detalhes pra fazer as três personagens se encaixarem.



Curiosidade n°3: A capa do livro foi feita pela Thati Machado, autora do conto "Finalmente... Ação!"

Por fim, quero agradecer a todos que foram espertinhos e já leram! E aos fofinhos que elogiaram, tenham certeza que vocês colaboraram com o Feliz Natal dessas três escritoras.
Obrigada!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Novembro Azul

Até quem é morto às vezes aparece!, é o que eu ando falando por aí. Logo, cá estou com uma ideia nova.
Depois do Outubro Rosa, pensei que o novembro poderia ser azul, porque por uma estranha coincidência, a maioria dos meus livros preferidos são dessa cor. Devo estar muito antenada com o inconsciente coletivo já que fontes seguras me disseram que de fato existe essa campanha de Novembro Azul para conscientização do exame de próstata, por isso: atenção, meninos! Mas de volta aos livros...
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Os meus livrinhos da vez são esses. E digo que alguns tiveram que ficar de fora, mas quem sabe no ano que vem? Se minha ideia funcionar até o final... Vou começar a falar da minha pilha falando de baixo pra cima.

1) The Brightest Star in the Sky - Marian Keyes (A Estrela Mais Brilhante do Céu aqui no Brasil):
A Marian Keyes é minha autora preferida no mundo inteiro, então é TÃO COMPLICADO escolher um livro preferido dela - já foi difícil ter que escolher só um livro azul dela -, mas com certeza A Estrela Mais Brilhante tá no top 5. Esse livro é daqueles que têm várias histórias acontecendo ao mesmo tempo e todas são concentradas no mesmo prédio e deixa a pessoa sempre na expectativa de saber quando é que as histórias dos diferentes apartamentos vão se cruzar. Elas se cruzam toda hora e é tão engraçado às vezes, às vezes tão triste, naquele jeitinho Marian Keyes de ser com uma narração intrigante demais, não sei da onde essa mulher tira essas ideias.  

2) Something Blue - Emily Giffin (Presentes da Vida na tradução daqui)
O Something Blue foi o primeiro livro que eu li da Emily Giffin na vida e eu fiquei meio que sem entender no que ele se classificava. Era chick-lit? Era romance? A personagem principal é tudo que se espera de uma heroína de chick-lit, mas a Emily escreve as coisa de um jeito muito dela de analisar as coisas, isso eu fui percebendo ao longo dos outros livros que eu li dela, nunca vi ninguém descrever sentimentos tão bem quanto ela, parece que ela entra dentro do coração de pessoa. Que coisa! Foi o melhor livro que eu comprei pela capa (que é maravilhosa) e o título também ajudou muito, porém não aconselho ninguém que quer começar a ler a Emily a começar pelo Something Blue, pois ele é o segundo da série (que começa com Something Borrowed - "O Noivo da Minha Melhor Amiga", que virou filme) e os personagens são os mesmos, pra quem se lembra.
E a boa notícia é que o Something Blue vai virar filme também.

3) Pela Janela Indicreta - Aimee Oliveira (yo)
O que dizer sobre meu próprio livro?! Ele é azul e eu não consegui deixá-lo de fora dessa, desculpem o merchan pra quem já leu. Fora isso, eu não sei muito bem o que falar sobre ele. Sei que ele foi divertido de escrever e a intenção é de que todos se divirtam lendo. É uma narrativa que eu sentia falta como leitora, que é a da primeira pessoa masculina. Foi a minha tentativa de pensar como homem já que eu vivia cercada por eles. Ao mesmo tempo que não quis deixar de lado as minhas indecisões e inseguranças de ser uma mulher de libra como Louise, a vizinha stalkeada via-janela.

4) Lolita - Vladmir Nabokov
LO-LI-TA. Eu já tinha ouvido falar tanto nele antes de ler. Nos filmes, nas músicas, nos ensaios fotográficos pras revistas de moda... Chegou uma hora que eu tive que ler nem que fosse pra achar uma merda depois. Mas acontece que eu não achei, ele virou meu livro favorito. Quebrar a cara: minha especialidade.
Sim, concordo que a história é brutal e eu entendo quem não consegue terminar de ler porque fica com ânsia, mas eu fiquei viciada demais no jeito como o cara escreve pra parar. Por mais que o conteúdo seja pesado, ele escreve de um jeito que às vezes chega a ser engraçado. Pode até ser um pouco doentio, mas eu achei lindo. Pra mim foi a história de um amor errado, que não era pra acontecer.E que ruim que aconteceu.

5) O Casaco de Marx - Peter Stallybrass
Tenho a ligeira impressão de que eu já falei desse livro aqui, mas vou repetir simplesmente porque merece. É um livro sobre os diferentes valores que as roupas tem, seja de memória, de afeto e até mesmo de dinheiro. Comigo falando assim pode parecer um papo chato de estudante de moda, mas não é, juro. Ele vai falando sobre as indas e vindas do casaco de Marx para a loja de penhor enquanto ele estava escrevendo "O Capital" e não tinha dinheiro nem pra comprar papel pra escrever o livro que hoje qualquer estudante de finanças deveria ler. Mas a mensagem final que ficou pra mim foi a de perseverar no seu trabalho independente das dificuldades que se apresentam. Meio que acreditar no que você faz e do resto correr atrás, numa rima boba.

Pois bem, esses foram os meus livros azuis e já estou pensando em outra cor pro mês que vem.Se quiserem seguir essa onda e mandar seus livros azuis pra mim eu vou amar <3 Comentários, sugestões e possíveis surtos são muito bem vindos por motivos de estar meio lost nesse mundo de blog.
Beijos!

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Temos o tique, cadê o outro?



Aquele barulho que o relógio faz. Como é mesmo o nome? Não tenho tempo pra essas palhaçadas, posso até procurar no Google, mas minha bateria tá quase no fim. Vive quase no fim. Igual a metade vazia do copo do pessimismo. Só que não era disso que eu queria falar.
Sabe quando você se esquece de respirar?! Dá um negócio estranho, sendo que você nem percebe. O que eu ia fazer mesmo?  Você tenta lembrar. Não lembra por nada e volta a fazer suas coisas. Que horas são?! Tá um trânsito danado. Vou chegar atrasado. De novo. Como é que as pessoas fazem para chegar na hora? O meu ponto é o próximo depois desse, mas até lá...
Tenho que atravessar um mar de gente, antes fosse um marzão de água mesmo, eu não me importo em me molhar. As pessoas andam tão duras e cheias de postura que é ruim passar por elas. Ruim pra mim que tenho lá minhas durezas. Acho que a cidade me tirou a ternura.

O profeta disse que gentileza gera gentileza, mas ele falou alguma coisa sobre o tempo? Se ele falou, não ficou famoso, se não ficou famoso eu não sei. O que eu quero mesmo saber é: como é aquele barulho que o relógio faz?! Ah, exato! Tac. O ônibus parou. Vamos para o ataque.   

postado anteriormente em: http://nandscampos.blogspot.com.br 

domingo, 18 de maio de 2014

Mocassins e All Stars, Clara Savelli

Não adianta eu falar que não é porque é o livro da Clara que eu vou fazer essa resenha aqui, porque é justamente por isso mesmo. Ela é da mesma editora que eu, logo, minha companheira de jornada, parceira de andanças no Centro da cidade e janela aberta pra qualquer eventual surto que surgir  nessa última pré-lançamento dos nossos livros. E por todas essas razões eu vou fazer a resenha, fora isso, tem a razão do livro ser maravilhoso.

instagram

Bom. Fazia muito mesmo tempo que eu não lia um romance adolescente e foi bom voltar às origens. Logo nas primeiras páginas eu fui sugada pra atmosfera do livro, parecia que eu tava lá naquela escola só observando a personagem principal, Julie, se adaptando na sua nova vida. A Clara escreve de um jeito muito claro, esse trocadilho foi péssimo, mas é a pura verdade. É muito fácil ler e visualizar o que ela tá escrevendo, o que tá acontecendo e se colocar no lugar da Julie, ainda que, algumas vezes, eu não me identificasse com a situação que ela estava passando, nem com as atitudes que ela tomava. Porém, nada mais justo, eu não estou mais na escola, não moro na Califórnia nem muito menos nasci em Nova York. Eu bem que queria...
Aliás, essa foi uma das partes que eu mais gostei, mas não sei se é spoiler demais falar sobre, eu claramente sou nova no ramo das resenhas, então vamos nos contentar em dizer que: Mocassins e All Stars tem uma abrangência geográfica muito boa. Não sei se foi um elogio equivalente ao tanto que eu gostei disso, mas fiz o que pude.
Uma das coisas que me agradaram bastante é que o foco foi BEM no romance, coisa que as vezes os romances adolescentes deixam meio que difuso no meio de tantos amigos/rotinas escolares/competições estudantis/etc.
Outra coisa que eu tenho pra falar é que eu gostei muito dos personagens masculinos, o Arthur, que é o mocinho, acredito que tenha sido paixão universal, mas os outros também deu para desenvolver uma quedinha ao longo da história também. Achei todos ele meio imprevisíveis e eu não sabia exatamente o que eles iriam fazer, coisa que eu gosto, coisa que me prende ao livro.
Em suma, achei uma leitura leve e agradável, dessas que dá pra engolir em poucos dias. Sendo que eu não engoli, li sem pressa, já de caso pensado em fazer essa resenha e prestando atenção nos detalhes. Pra quem gosta de romance adolescente/Meg Cabot/All Stars/baile de formatura/protagonistas atrapalhadas tá mais que indicado.

mais um integrante da bagunça chamada minha estante


Quem gostou do livro, saiba a sinopse, resenhas e outras informações em:
SKOOB | Page | Site

E por último, sendo que é o mais importante, o lançamento de Mocassins e All Stars junto com o meu livro, Pela Janela Indiscreta (mais infos sobre PJI), será semana que vem 25/05, domingo, em Botafogo, Rio de Janeiro. Vou deixar o link do evento logo abaixo, sempre lembrando que todos os seres humanos da face da terra interessados em leitura estão convidados. Sem querer parecer desesperada, apenas educada, rs.
Lançamento dos livros "Mocassins e All Stars" e "Pela Janela Indiscreta"

chega 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Melhor Coisa do Mundo Mundial: Feira de Livros na Cinelândia

Tava mais do que na hora de eu colocar alguma coisa de útil nesse blog que não fosse minhas reclamações chorosas sobre a vida. Aí eu esbarrei com a Feirinha de Livros da Cinelândia!!!!!!! Pensei: tem que ser um sinal. Então decidi que era a melhor coisa pra começar essa série de "Melhores Coisas do Mundo Mundial" que, em outras palavras, são minhas atividades preferidas de ver/fazer/ler/etc que eu ainda não decidi.
Feiras do livro em geral é um negócio que balança minhas estruturas e essa da Cinelândia em especial: 1) porque é perto, 2) porque é barata. Eu descobri no ano passado, por um acaso, a existência da feira e tinha uma placa TÃO ENGRAÇADA que eu entrei lá rindo, não dando nada por ela. Óbvio, como já é de costume, eu quebrei a cara e o orçamento. Saí de lá carregada de livros e desesperada pra saber quando, pelo amor de Deus, seria a próxima.

Feira do ano passado, instagram relembrando vidas

Pois bem, a próxima tá acontecendo agora e vai até o dia 22 de maio. Eu não sei o nome REAL da feira, então eu simplesmente inventei que é ~Feirinha de Livros da Cinelândia~ acho que cai superbem e quem tiver a possibilidade de visitar acho que não vai se arrepender. Ou pelo menos o arrependimento não aconteceu comigo.
Pra celebrar a feirinha e aumentar esse post porque eu não sei mais o que falar, pensei em fazer um TOP 5 dos livros de feira que eu mais gostei. Porque pra mim grande parte da graça de comprar esse livros de segunda mão é dar de cara com coisas que você nunca imaginou existir. Às vezes você se dá mal, mas quando se dá bem o resultado é maravilhoso. Acho que é porque eu não tenho muitas expectativas ao redor desses livros que eu nunca ouvi falar, nem sei de onde saiu, só apenas me chamou a atenção e eu levei pra casa num surto de consumo. São por essas e outras que eu vou registrar aqui minhas cinco melhores descobertas:

5- Aquela Idade - Elizabeth Buchan
Da vez que eu comprei esse livro meu surto foi tão grande que eu comprei três dessa mesma autora sem nem nunca ter ouvido falar dela. Eu li dois, falta um, mas já adianto que as histórias dela não são as melhores do mundo. Achei um pouco pacatas pro meu gosto. Porém, o jeito que ela escreve!!! Eu quero escrever igual! Mas plágio é crime, então, eu vou ficar na minha e falar sobre o tal livro, "Aquela Idade" é um daqueles livros de histórias paralelas, eu tenho uma relação muito esquisita com esse tipo de livro porque no geral uma das histórias eu amo e a outra eu tendo a odiar. Foi isso que aconteceu nesse, mas de repente sou só eu que tenho disso.


4- Um Babá em Minha Vida - Holly Peterson
Faz tanto tempo que eu li esse livro que eu não lembro exatamente os detalhes dele, é mais a sensação. E a sensação é ótima! Vão por mim, hahaha (nope). O que eu lembro é que falava dos ricaços de Nova York, tema que eu amo muito, mas era o romance da história que me prendeu tipo prego na história. Talvez eu releia e venha contar coisas mais concretas sobre, talvez isso só aconteça quando eu terminar minha pilha de 28 pra ler, talvez demore um pouco. Mas um dia, quem sabe...



3- Tasha Harris Abre o Jogo - Jane Green
Sinceridade: só comprei porque a capa parecia com O Diário Bridget Jones. Foi um bom método de escolha, o estilo do livro é bem parecido, só não é em forma de diário. Mas é tão engraçado quanto, tão envolvente quanto. Com aquela escrita leve que parece que você tá do lado da personagem e ela tá te contando a história dela de igual pra igual, sabe? Esse livro foi um daqueles que eu queria emprestar pra todo mundo que cruzava o meu caminho, pra que mais pessoas tivessem a chance de ler essa maravilha e poder rir comigo das piadas. Eu acho que lembro de algumas até hoje.

2- Amor em minúscula - Francesc Miralles
Foi o primeiro livro que eu li esse ano, eu continuo completamente infectada pela atmosfera dele. O livro é sobre um gatinho que entra na vida de um cara solitário e a partir daí muda todos os costumes dele. Eu apenas quero um gato pra resolver meus problemas sociais, mas enquanto minha mãe não deixa isso acontecer, vou falar que o livro, além do gato, tem muitas referências boas de outros livros, filmes etc. Ele se passa em Madri e é o segundo livro espanhol que eu leio e é o segundo espanhol que eu me apaixono a ponto de querer morar lá. No livro ou em Madri, tanto faz.

1- De Música Ligeira - Aixa de la Cruz
Eu sei que eu já falei desse livro no post sobre Os Melhores Livros de 2013, mas eu vou ter que falar de novo. Apenas porque ele merece. Esse é o tal primeiro livro espanhol que eu me apaixonei primeiro, ele soube como me agradar, colocou tudo que eu mais gosto no enredo: música, pub irlandês, uns romances confusos que até hoje eu não sei se entendi direito. E também soube como me surpreender com uns textos totalmente aleatórios que vinham no meio da história meio que como notícias que precisavam ser interpretadas pra fazer algum sentido na história. Foi um livro que exigiu um pouco de mim e deixou a desejar só o suficiente pra eu ficar me perguntando: Que raio de história maluca é essa?! Eu amo quando isso acontece!

PS: Minha intenção eram ter fotos bonitas, obviamente eu não consegui. Por motivos de não ter paciência. Vários livros ficaram de fora e mereciam ter aparecido, outros muitos pertencem à essa categoria, mas ainda não foram lidos. Talvez eu faça uma segunda versão dessa lista, talvez eu melhore as fotos nela. Mas talvez seja melhor eu não prometer nada.